Falhas que podem atrapalhar o diálogo
Muita coisa pode atrapalhar a
caminhada ecumênica. Temos hábitos arraigados e muitas vezes nem notamos que
estamos alimentando a discórdia em vez de construir a paz. Teríamos que prestar
mais atenção às armadilhas que muitas vezes armamos até sem perceber. Vamos
destacar aqui alguns campos onde nossas falhas costumam criar obstáculos a um
diálogo mais construtivo:
<!--[if !supportLists]-->a) <!--[endif]-->A linguagem: até sem
perceber, podemos usar expressões que denotam uma rejeição. E não falamos só com
palavras, temos também a linguagem corporal e facial. Brincadeiras podem ser
ofensivas de um modo muito desastroso. Também é comum termos “dois pesos e duas
medidas”, que se revelam nas palavras que usamos. Diante da mesma situação, por
exemplo, temos uma tendência a chamar outros de “fanáticos” enquanto
consideramos a nós mesmos “fiéis”. Um bom jeito de evitar falhas de linguagem é
ouvir o outro, perceber como ele mesmo define a sua fé.
<!--[if !supportLists]-->b) <!--[endif]-->A omissão: um jeito
muito especial de expressar rejeição em relação ao outro é fazer de conta que
ele não existe. Não é comum nos referirmos a outros irmãos cristãos na nossa
Igreja. Falamos, por exemplo, do Batismo como se fosse coisa só nossa (embora a
nossa Igreja reconheça até oficialmente a validade do batismo de muitas outras
denominações cristãs). O papa João II lembrou, na encíclica Ut Unum Sint,
coisas que não costumamos mencionar:
“ Para além dos limites da
Comunidade católica, não existe o vazio eclesial. Muitos elementos de grande
valor, que estão integrados na Igreja Católica na plenitude dos meios de
salvação e dos dons da graça que a edificam, acham-se também nas outras
Comunidades cristãs.” UUS 13
<!--[if !supportLists]-->c) <!--[endif]-->A preparação para a
guerra: Já encontrei católicos que me pediam estudo de certos textos bíblicos
“para responder aos protestantes”. É claro que os católicos devem saber como a
sua Igreja lê a Bíblia. Mas ela deve ser trabalhada como instrumento de diálogo,
não como arma para derrotar o outro.
<!--[if !supportLists]-->d) <!--[endif]-->Nivelar sem
discernimento: ser ecumênico não é ser ingênuo e aceitar tudo que vier com
rótulo cristão. Há Igrejas sérias e grupos que se aproveitam da religião para
enganar o povo. Sempre é importante discernir o que está ou não a serviço do
projeto de Jesus, tanto nas outras Igrejas como até dentro da nossa. Mas também
não se pode julgar uma Igreja pelo comportamento negativo de alguns de seus
membros. Sem generalizar, sem criar clima de guerra e sem maximizar as falhas
alheias de modo preconceituoso, é preciso perceber que tipos de atitudes devem
ser valorizadas ou rejeitadas.
<!--[if !supportLists]-->e) <!--[endif]-->Perder de vista a busca
da verdade: ecumenismo não é vivido fazendo de conta que não há problemas e
divergências. O que deve ser diferente é o modo de tratar essas divergências. Se
há pontos em que ainda não estamos de acordo, vamos rezar, pedir luz ao Espírito
Santo, buscando com honesta fraternidade soluções verdadeiras para as questões
que ainda nos dividem.
Diante de tudo isso, para os
catequistas, seria importante ter presente o que diz o documento Catechesi
Tradendae:
“É sobremaneira importante
fazer uma apresentação correta e leal de outras Igrejas e comunidades eclesiais,
das quais o Espírito Santo não recusa servir-se como de meios de salvação...
Entre outras coisas, uma tal apresentação ajudará os católicos, por um lado, a
aprofundarem sua própria fé e, por outro lado, a melhor conhecerem e estimarem
os outros irmãos cristãos, facilitando assim a procura em comum do caminho para
a plena unidade na verdade total.” CT 32
Therezinha
Cr
Oi José seja bem vindo ao grupo catequistas unidos, seu blog é muito interessante,já estou te seguindo,um forte abraço e que Deus continue sempre te iluminando.
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