quarta-feira, fevereiro 26

MENSAGEM DO PAPA

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2014

Papa Francisco«Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza»
(cf. 2 Cor 8, 9)
Queridos irmãos e irmãs!
Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?
A graça de Cristo
Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez conosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. Gaudium et spes, 22).
A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata de um jogo de palavras, de uma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Batista para O batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas o faz para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1, 2).
Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na beira da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf.Rm 8, 29).
Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.
O nosso testemunho
Poderíamos pensar que este «caminho» da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d’Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.
À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiénicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.
Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína económica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.
O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que fomos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana.
Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.
Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Fonte: Página de News.va Português - www.facebook.com/news.va.pt?hc_location=timeline

sexta-feira, fevereiro 21

HISTORIA DA IGREJA

HISTÓRIA DA IGREJA PDFImprimirE-mail

A Igreja Católica nasceu no dia de Pentecostes. Nos primeiros séculos foi perseguida, desde os anos 60, pelo Imperador Nero, até 313, quando o Imperador Constantino liberou o culto a Deus. Houve muitos mártires por conta dessa perseguição. Mártir é a pessoa que prefere ser morta a adorar outros deuses, ou a renegar sua própria religião. Em At 7,1-8,3, vemos a morte do mártir Santo Estêvão, além de um resumo da história do povo de Deus, feito pelo próprio Estêvão.

Com a liberdade concedida por Constantino, a Igreja pôde sair das catacumbas (cemitérios sob a terra, onde os católicos escondiam-se para celebrarem a Santa Missa ou fazerem suas reuniões) e os fiéis começaram a liturgia nas igrejas, publicamente, sendo as primeiras igrejas feitas com o aproveitamento dos palácios doados pelo Imperador Constantino, em Roma. Com a liberdade e os títulos de honra dados pelo imperador aos bispôs, a Igreja se aburguesou bastante e entrou desse modo na Idade Média (período da História que vai desde o ano 476, ano em que caiu o último imperador romano, até o ano 1453, a queda de Constantinopla ou 1492, a descoberta da América).

Com os feudos da Idade Média (cidades cercadas por muros), apareceram as paróquias. Em 1054 a Igreja do Oriente (Constantinopla) separou-se da do Ocidente (Roma), devido à politicagem dos responsáveis pela Igreja de então.

Algumas das Igrejas do Oriente retornaram à Igreja de Roma (os Ucranianos, por exemplo, em 1596), mas guardaram os ritos e costumes adquiridos no correr dos séculos de separação (por exemplo, a ordenação de homens casados para padres, costume que permanece até hoje. Somente os bispos precisam ser celibatários). Formam a Igreja Católica de Rito Oriental.

Nesses séculos, do ano 1000 ao ano 1500, houve um esfriamento na fé dos chefes da Igreja, ou seja, foram esquecendo-se da missão de pregar o Evangelho, foram tornando-se políticos, condes, barões, reis, duques.

Buscavam muito dinheiro para construir grandes igrejas e palácios, manter seus exércitos e o pessoal de sua corte (bispos, papas, cónegos, abades, padres e religiosos).

No século XII surgiu um grande movimento de renovação: cristãos simples preocuparam-se em seguir o Evangelho. Muitos abandonaram a riqueza e se dedicaram aos pobres. Ex.: São Francisco de Assis, Santa Clara e São Domingos. Mais tarde: São Bernardo, Santo Tomás, Santa Catarina de Sena, Santo Antonio.

Em 1517 a Igreja dividiu-se novamente e surgiu a reforma de Lutero, que acabou fundando outra Igreja, a Luterana. Foi seguido por Zwínglio, Calvino, que fundaram as Igrejas evangélicas.

Essas divisões aconteceram muitas vezes por culpa de homens de ambas as partes, ou seja, tanto da Igreja Católica como das que se separaram.

Os que hoje em dia nascem em comunidades que surgiram de tais rupturas e estão imbuídos da fé em Cristo não podem ser tidos como culpados do pecado da separação, e a Igreja Católica os abraça com fraterna reverência e amor. Justificados pela fé recebida no Batismo, estão incorporados em Cristo, e por isso com razão são honrados com o nome de cristãos, e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja Católica como irmãos no Senhor.

O Espírito de Cristo serve-se dessas igrejas e comunidades eclesiais como meios de salvação cuja força vem da plenitude de graça e de verdade que Cristo confiou à Igreja Católica. Entretanto, é pecado muito grave o católico mudar de religião.

A seguir, damos uma lista de religiões e o ano de sua fundação: Igreja Católica Apostólica Romana (Dia de Pentecostes após a Ressurreição de Jesus); Nestorianos e Monofisitas (431 e 451); Orientais ortodoxos (1054); Luterana (1517); Calvinismo (1528/1555); Metodistas (1739); Anglicanismo (1559); Congregacionalistas (1580/92); Batistas (1612); Adventistas (1843); Assembleia de Deus (1900/1914); Congregação Cristã do Brasil (1910); Igreja do Evangelho Quadrangular (ou Cruzada Nacional de Evangelização): sua fundadora morreu em 1944; Igreja Universal do Reino de Deus (1977); Árvore da Vida (1980/90); Adhonep (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno - 1952); Mormons (1830); Testemunhas de Jeová (1874); Induísmo (2500 antes de Cristo já existia, não se sabe a época precisa da origem); Budismo (400 antes de Cristo nascer); Igreja Messiânica Johrei (1926); Seicho-No-Iê (1930); Perfect Lyberty (1946); Moonismo (Associação para a Unificação do Cristianismo Mundial - AUCM - 1954); Espiritismo (1848); Umbanda (não há data de fundação); Racionalismo Cristão (1910/11); Legião da Boa Vontade (Década de 50); Sociedades Esotéricas (em todos os tempos houve esse tipo de agremiação).

Já nos séc. II e III já se conhecia a famosa gnose ou gnosticismo. As Fraternidades Rosa-Cruz apareceram no séc. XVII. A Maçonaria, no séc. XVIII; Universo em Desencanto (anos 70); Profecias de Trigueirinho (1987); Vale do Amanhecer (1969); Ordem dos 49 ou Ação Mental Interplanetária (1977); Santo Daime (1945); Sociedade Teosófica (1875); Rosa-Cruz (séc. XVII); Nova Era (década de 70); Cientologia (1954).

Foi por ocasião da revolta de Lutero, motivada pelo clima intenso e pesado resultante, que a Igreja deu uma chacoalhada em tudo, com o Concílio de Trento, de 1545 a 1563, na Itália. Toda a vida da Igreja foi reorganizada, inclusive com as Missões. Apareceram outras congregações religiosas, como os Jesuítas. Os padres passaram a ter uma formação mais séria e severa nos seminários.

Após a descoberta do Brasil, em 1500, vieram para cá os Jesuítas. Em 1618 os primeiros índios receberam a primeira comunhão.

A Igreja não sofreu muitas mudanças por todos esses séculos. Somente nesse século XX, de 1962 a 1965, com o famoso Concílio Vaticano II, é que houve outra grande mudança na Igreja: a Missa, que era celebrada somente em Latim, passou a ser celebrada na língua própria de cada país; o padre, que ficava de costas para o povo, passou a ficar de frente. A Bíblia passou a ser mais estudada, com traduções mais fiéis aos originais, possibilitando maior acesso aos leigos. Até então, a única versão conhecida era a Vulgata, de São Jerônimo, do séc. IV.

A liturgia renovou-se completamente, com novas orações eucarísticas e a possibilidade de serem usados outros instrumentos, além do órgão e do harmônio.

Em 1968 houve um encontro muito importante em Medellín, na Colômbia, onde a Igreja chegou mais perto dos pobres e dos marginalizados. Houve outro encontro desse tipo em 1979, em Puebla, no México.

Nos anos 70 apareceu a Renovação Carismática Católica (RCC), que está mudando a feição da Igreja, de um jeitão muito sério para uma forma mais alegre nas celebrações.

Os movimentos também estão aí a pleno vapor: Legião de Maria, Emaús, Cursilho, Vicentinos, ECC, Focolares, Irmandades antigas que reapareceram, como a Irmandade de São Benedito e o Apostolado da Oração etc.

sábado, fevereiro 8

PARA CATEQUISAR É PRECISO SER CATEQUISADO

Alguém pode imaginar uma pessoa grosseira e mal-educada no papel de educador? Transmitindo conceitos de boa educação, de cortesia?
Certamente que não! Somente será um bom educador quem é bem educado, quem assume como seus os valores do bom relacionamento entre as pessoas e os põe em prática no seu dia a dia.
Assim, também o catequista deve ser uma pessoa que amadureceu na fé, que compreendeu e assumiu os valores cristãos na própria vida, que dá testemunho do Evangelho com as suas ações cotidianas. Alguém que é comprometido com a causa do Reino e se coloca a serviço da sua construção.
Um catequista que não sabe dar razão da própria fé, não é um bom educador.
O catequista tem que se dedicar constantemente a aprofundar a própria identidade cristã, buscando o “por que?” da sua fé, descobrindo a meta da sua caminhada e o objetivo de fazer esse caminho. Por isso sua formação deve ser contínua e permanente.
O “Ser Cristão” tem que ter coerência na vida do catequista, pois do contrário, sua mensagem será vazia de sentido, apenas palavras jogadas ao vento.
 
MOSTRAR A SAÍDA É CONDENAR A SE PERDER
 
Quando o catequista se reveste de “sumo sabedor” ou de “dono da verdade” ele pensa que catequizar é dar todas as respostas, mostrar as saídas.
No entanto, quando o catequizando não vivencia as descobertas, não se depara com os desafios, não busca soluções, ficando como mero expectador-ouvinte, ele perde o interesse e deixa cair no esquecimento o que lhe foi transmitido.
Não se pode culpar os catequizados pela falta de “atenção”, é preciso rever o quanto nós, catequistas, estamos lhes dando a oportunidade de descobrirem o caminho que leva a Deus.
O catequista não pode ser como um GPS, que vai mostrando todo o percurso, pois quando ficar sem seu “GPS” ele não saberá por onde seguir.
Ele deve apenas dar o endereço, deixando que o catequizando descubra os vários caminhos a seguir, quais a dificuldades de cada um, qual a distância a percorrer para alcançar seu objetivo e possa escolher o que for melhor.
Somente quem faz a experiência de desbravar os caminhos está capacitado para sobreviver em outras
 situações semelhantes. O Catequizando tem que conquistar a sabedoria, ser o autor do seu crescimento, pois só assim saberá viver co
 
QUESTIONAR PARA FAZER ENXERGAR
 
Um dos componentes mais importantes nos métodos catequéticos é a visão da realidade. No método da Catequese Renovada,
“Ver-Julgar-Agir-Avaliar-Celebrar”, o “Ver” é o ponto de partida para todo o processo. Mas também em outros métodos, mesmo que não seja o ponto de partida, o “ver” é essencial.
O Catequizando tem que enxergar a realidade que o cerca, o contexto sócio-econômico-cultural no qual está inserido para, iluminado
pela palavra e pelos valores cristãos, perceber o que não está conforme a vontade de Deus e qual é o próprio papel na transformação da realidade.
Para que isso aconteça, o catequista deve ser um questionador, um perguntador, que abre espaço à curiosidade e faz ir em busca de respostas.
Lançar desafios, solicitar pesquisas, apresentar situações para serem solucionadas, propor a comparação entre fatos semelhantes que tenham finais diferentes, enfim usar sempre uma linguagem questionadora para propiciar ao catequizando enxergar com os próprios olhos a realidade e o que nela exige conversão.
 
O MAIS IMPORTANTE: SABER OUVIR
 
Um dos componentes mais importantes nos métodos catequéticos é a visão da realidade. No método da Catequese Renovada,
“Ver-Julgar-Agir-Avaliar-Celebrar”, o “Ver” é o ponto de partida para todo o processo. Mas também em outros métodos, mesmo que não seja o ponto de partida, o “ver” é essencial.
O Catequizando tem que enxergar a realidade que o cerca, o contexto sócio-econômico-cultural no qual está inserido para, iluminado
pela palavra e pelos valores cristãos, perceber o que não está conforme a vontade de Deus e qual é o próprio papel na transformação da realidade.
Para que isso aconteça, o catequista deve ser um questionador, um perguntador, que abre espaço à curiosidade e faz ir em busca de respostas.
Lançar desafios, solicitar pesquisas, apresentar situações para serem solucionadas, propor a comparação entre fatos semelhantes que tenham finais diferentes, enfim usar sempre uma linguagem questionadora para propiciar ao catequizando enxergar com os próprios olhos a realidade e o que nela exige conversão.
 
AS DIVERSAS LINGUAGENS DA CATEQUESE
 
A catequese não se resume a ministrar conhecimento. Ela é um processo de educação da fé onde o protagonista deve ser o educando, isto é o catequizando.
Nesse processo, quanto mais linguagens forem usadas para expressar o que é transmitido, maior será a compreensão e a fixação da mensagem. Assim, os catequistas devem buscar diferentes formas de expressão tanto para transmitir a mensagem, quanto para que os catequizados possam gravá-la melhor.
Para transmitir uma mensagem, o catequista pode usar a encenação, a contação de história, o teatro de fantoches, as dinâmicas que possibilitam uma visão mais lúdica.
Para ajudar os catequizandos a gravar o que foi transmitido, o catequista deve solicitar que esses se expressem de forma criativa, isto é, por meio de linguagens diferentes. Ex.: por meio de uma poesia; fazendo uma versão de música conhecida; fazendo um desenho ou pintura que seja expressão da mensagem; montando um painel de notícias que expressem o sentido da mensagem; fazendo uma encenação; contando uma história cujo tema esteja ligado à mesma; passando o que entendeu com a mímica.
As linguagens lúdicas ajudam a gravar a mensagem e consequentemente a interpretá-la na vida.
 
INSTIMULAR A COMPREENSÃO DA MENSAGEM DE JESUS
 
A mensagem de Jesus deve transformar a vida de seus seguidores. E para isso deve ser bem compreendida. Estimular a compreensão da mensagem exige uma dinâmica que faça com que os catequizandos percebam como vivê-la.
Assim, o catequista deve, depois da leitura do texto bíblico, incentivar os catequizandos propondo alguns exercícios que motivem um olhar diferente sobre a mensagem. A um catequizando poderá propor que faça uma análise desta; a outro que atualize a mesma; a mais um que compare com o que acontece nos dias de hoje; a outro que conte uma história que conhece em que aconteceu algo semelhante.
Dessa forma, todos serão estimulados à compreensão profunda da mensagem e mais ainda à percepção do seu significado para a vida cristã, vivida no dia a dia.
A Catequese não pode nunca se restringir a contar a vida de Jesus, ela tem que ser transformadora, tem que alcançar o âmago da vida dos catequizandos, levando-os à conversão.